segunda-feira, 4 de julho de 2016

Uma montanha Russa chamada Cruzeiro


Uma montanha russa de ilusões tem sido essa temporada do Cruzeiro, passando por momentos de felicidades momentâneas sequenciados por momentos de elevar ao extremo o pessimismo da já pessimista torcida celeste.

Um desses propulsores de sobe e desce nas emoções nos nossos corações é o técnico Paulo Bento. Português que demostrou uma ousadia tremenda da diretoria do Cruzeiro por apostarem nele, veio para BH depois de treinar a seleção dos nossos colonizadores.

Sua campanha tem sido em síntese nada mais que a referência dada para este post, uma montanha russa. Hora ganhamos do líder do campeonato mostrando um futebol vistoso e aparentamos que vamos engrenar, hora perdemos em casa para times que brigam pra cair, hora ganhamos um clássico com facilidade outra hora empatamos com o fraquíssimo Vitória com a casa lotada ganhando de 2 x 0 com 1 jogador a mais. Não tem regularidade e é certo que em campeonato de pontos corridos o que vale é a regularidade. Mas pelo que o time tem conduzido acho que o menor dos culpados seria o português.

O time tem muitos pontos fracos, apostas que já deram o que tinha que dar, outros erros grotescos da diretoria e em alguns pontos perdemos jogadores para DM, além de contar com o azar da má fase de alguns.


  • Apostas que já cansaram a torcida: Allano é o cabeça dessa lista, parecia ser o queridinho do ex treinador Luxemburgo (que ninguém entendia) que usou ele no ataque diversas vezes e nunca fez uma partida de qualidade. Surgiu do nada nesse time e me parece ser apenas um jogador de empresário. Com o Paulo Bento ele é menos utilizado e de lateral esquerdo e ainda assim não joga bem e gera muito incomodo para o time, como no último jogo contra o Vitória que chega a dar depressão o tanto que ele é ruim. Outro jogador dessa lista é Bruno Ramirez que tem sido muito usado como terceiro volante do Paulo Bento, talvez porque sempre precisamos de um volante, por ausência médica ou por suspensão, mas fato é que chamar Bruno não é um bom sinal nesse time e este Bruno não tem feito partidas de qualidade, cansa a mim como torcedor sua capacidade de suas jogadas nunca darem em nada ofensivamente de defensivamente ele não consegue se impor.
  • Erros grotescos da diretoria: Pra mim o que encabeça isso é a falta de um lateral esquerdo, tínhamos o Egídio que tudo bem "teve" que ser vendido, tínhamos o Samudio que bem ou mal era empréstimo e se foi. Bom ai vieram as reposições Mena, Fabrício e Para. Mena apesar de fazer boas partidas não era tão regular e parte da torcida não gostava, foi negociado, Fabrício depois de algumas partidas ruins também foi negociado e o jovem Para que embora seja um garoto e nem tenha tido oportunidades aqui, foi emprestado nos deixando sem um lateral reserva. Além de diversos jogadores da posição que havia no elenco e foi passado pra frente por faltar qualidade (Gilson, Diego Renan, Breno Lopes). Mas contratações foram feitas para o ano, Sanchez Mino, que teve muitas chances no início do ano, jogou um feijão com arroz e acabou por ser dispensado antes do fim do empréstimo. Agora chegou jogador que se destacou no America Bryan, que ainda não se acertou no time e contar só com ele no time é terrível. Isso é só um exemplo para demonstrar como a diretoria não fez planejamento nenhum para este time.
  • Jogadores no DM: Nossa zaga titular com status de melhores do Brasil não sai do DM nunca e esse setor tem sido um dos grandes exemplos da má fase do time, Manoel e Dedé, tem sido substituídos ou por 2 garotos da base (Bruno Viana ou Fabrício Bruno) ou por 2 veteranos medianos que vivem péssima fase (Leo e Bruno Rodrigo). Se pegar os gols que levamos nas derrotas de jogos considerados fáceis achamos erros de todos esses ai, erros bisonhos e que nos fazem questionar até se mereciam estar no elenco. Além de uma das melhores contratações do time no ano não ter conseguido ter sequencia de jogos porque vive no departamento médico, Robinho está fazendo falta naquele meio.
  • Má fase de bons jogadores: Bruno Rodrigo, William, Mayke, Henrique são jogadores que já viveram fazes aqui sensacionais mas atualmente não mostram nada de futebol, no máximo lampejos. Bruno Rodrigo quando jogou entregou, William como centro avante não conseguia fazer gols apesar de tentar muito (tirando o jogo contra o Palmeiras), Mayke quando não está no DM parou de ser ofensivo como era antes e Henrique apesar de ser intocável no time pouco acrescenta.
Bom, em contra ponto a isto temos a chegadas de dois atacantes que renovam as esperanças do time, um que é uma sensação na argentina e outro que é muito conhecido no Brasil mas estava um tempinho no México, distante das nossas vistas. Acertando as laterais e o DM liberar nossas principais peças talvez tenhamos um bom elenco para que paremos um pouco de ser Montanha Russa esse ano ruim e que pelo menos sejamos um Carrinho de Bate-Bate.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Enfim começou 2016

Começamos o ano com a expectativa que tenhamos neste período menos preocupações que em 2015, que foi um ano muito a quem da grandeza do Cruzeiro, muito por má administração, mal planejamento, péssimas escolhas e falta de capacidade, quadro este que só se reverteu quando iniciou um trabalho mais sério com a manutenção do Deivid como auxiliar e a chegada de um técnico com mais prestigio.

Este ano também começou com uma seriedade maior, contratações cruciais e oportunidade para um técnico que a maioria da torcida apoiaria.

E neste primeiro teste pela Primeira Liga ou Copa Sul-Minas-Rio o embate foi contra o fraco mas combatível em casa time do Criciúma.

Sobre a partida que terminou em 1 a 1, no meu ponto de vista, obviamente o Deivid ainda terá muito trabalho pra fazer o time jogar como ele deseja, de uma maneira leve e técnica, sem chutão, com muita movimentação na frente e boa troca de passes. Outra observação é que, não sei se por falta de material humano ou por opção tática o time não esta jogando com 3 volantes como era na época do Mano e até no primeiro jogo como Deivid de interino, o que eu tinha gostado tendo em vista que nossa marcação é falha e nossos laterais apoiam muito, os três volantes dão uma consistência maior, olhando para a características dos jogadores também, nem Cabral e nem Henrique fazem o estilo de volantes que cobrem uma área grande de marcação, não são corredores então ficam sempre espaços sem preencher quando o adversário ataca. Outro fator negativo do jogo de ontem é a bola área na nossa defesa, que não é tão eficiente neste quesito e mais uma vez tomou gol assim, partes em falha de marcação da zaga e uma falha terrível do Fabio na saída do gol.

Porém também tivemos pontos positivos, primeiramente gostei da entrada do Gabriel Xavier, será que finalmente ele terá oportunidade de ter alguma sequencia de jogos e mostra suas qualidades e não só lampejos? Outro fator ontem foi a inspiração do Fabio, mesmo depois do gol salvou em muitas defesas dificílimas. E ainda podemos ver um time bem rápido na frente com boa movimentação de quem estava incumbido de atacar.

De toda forma, foi um inicio esperançoso e este campeonato tanto quanto o mineiro acredito que será o tempo que o Deivid terá para tentar ir qualificando esta equipe, mesmo porque temos alguns jogadores que não puderam jogar ontem que podem surgir como nomes chaves para temporada, como Dedé, Pisano, Romero e Miño e ai sim poderemos ter um ano de novo digno de Cruzeiro, brigando lá em cima.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

3 mudanças em um ano



Este ano começamos os campeonatos como o time a ser batido. Atual bi-campeão, com um técnico que apareceu no cenário nacional com a competência de transformar uma equipe de jogadores pouco conhecidos em um time encantado.

Foi a bola rolar que toda essa pompa foi perdendo o prestigio, as mudanças no ano de 2015, não fizeram com que o time se portasse da maneira competitiva que voltamos a nos acostumar. Partidas lastimáveis foram ficando frequentes e o técnico que deu 2 campeonatos foi ficando desacreditado, perdeu prestigio, aparentemente perdeu o grupo e em campo perdia a mão do que fazer a saída foi ir para outro promissor time do ano o Palmeiras e o Cruzeiro buscou um velho conhecido.

O arquiteto da tríplice coroa voltava para BH, sem o prestigio de anos anteriores, acumulando fracassos nos últimos 10 anos, dividiu a expectativa da torcida, mas chegou ganhando 3 jogos importantes e entre estes do time de Vespasiano, o que proporcionou um certo êxtase por parte de alguns da torcida, êxtase esse que não demorou a passar o efeito. A imprensa mineira ajudou a descambar o filme do "pôfexo" com a torcida. O que se via eram matérias e mais matérias falando de suas dividas de poker, da sua ausência nos treinos e nas críticas as suas alterações táticas. No começo Wanderley tentou jogar com o mesmo esquema de 2013/2014, com dois volantes, 2 jogadores abertos, 1 meia articulador e 1 centro avante, e nesta onda insistiu em lançar Allano e Marcus Vinicius, ambos não conseguiram se destacar. Tentou mudar o esquema utilizando 3 volantes, porém nenhum dos 3 volantes utilizados conseguiam sair bem para jogo devido suas características, apenas o Charles arriscava algo ao ataque, mas o condicionamento físico era um empecilho pra isso, os outros dois, Willians e Henrique quando saiam ao ataque era lastimável. E assim o técnico que fez história em 2003 foi cavando sua cova, com um cartel deplorável nesta sua passagem.

E agora surgiu Mano Menezes, com um novo auxiliar técnico fixo do time Deivid. No primeiro jogo Deivid escalou o time e optou para o jogo fora de casa o esquema de 3 volantes, porém utilizando Ariel Cabral nesta posição, voltou a dar chance para William e Allano como titulares, o time jogou mal mas ganhou da Ponte Preta fora de casa. Outra alteração importante foi a sacada do zagueiro Paulo Andre totalmente merecida devido suas atuações pífias recentemente o que era alvo de muitas criticas da torcida mas Luxa insistia em manter.

A estreia de fato do Mano foi em casa cheia, com show da torcida que lotou o Mineirão, Mano decidiu repetir a escalação de seu auxiliar e em uma manhã/tarde inspirada principalmente de William o time deu show, jogou muito bem em todos os aspectos e posições e conseguiu a primeira goleada no ano que empolgou a todos novamente.

O que resta é muita expectativa pra que este final de campeonato seja um vestibular para os jogadores e Mano consiga terminar o campeonato de forma aceitável e começar a trabalhar pra 2016, ter planejamento e que este novo ano que venha seja um espelho de 2013, o ressurgimento do time campeão e  que enche os olhos de todos na América latina.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Porque?

Por que?

Cruzeiro,

Por que você insiste em nos enganar?
Por que você nos decepciona desta maneira?
Por que quando mais cremos que a vitória virá, você simplesmente desiste de tentar?
Por que não jogam com vontade e garra?
Por que não perdem com honra, cientes de que tentaram tudo?
Por que nos fazem pagar ingressos caros, enfrentar um transito infernal, sair do conforto de nossos lares para nem lutar à altura de sua grandeza?

Diretoria Celeste,

Por que não contrata jogadores bons?
Por que vender todo o time?
Por que não pensa no futuro?
Por que não repõe?
Por que não temos um diretor de futebol experiente e atuante?
Por que vocês falam muito nas horas impróprias?

Marcelo Oliveira,

Por que temos uma equipe sem garra e determinação?
Por que só temos um esquema, como um samba de uma nota só?
Por que não vamos para o ataque com tudo?
Por que não somos vibrantes e elétricos?
Por que o Marquinhos é titular absoluto?
Por que o De Arrascaeta não rende?
Por que não ganhamos do nosso maior rival?

Torcida,

Por que você não canta o tempo todo?
Por que nos momentos de adversidade ficam apáticos e sem esperança?


Tantos porquês, tantas indignações, tantas frustações e tantos erros. 

Hoje o dia será difícil, bem mais difícil do que o jogo de ontem. Infelizmente não entramos em campo e tivemos que amargar uma das maiores e mais doloridas derrotas de nossa história.
Infelizmente agora só nos resta esperar que as coisas melhorem....


Abraço!
Moises Vaz

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Coincidências e Paixões



Uma noite em que tudo deu certo para o Cruzeiro, duelo com um grande rival, algoz de anos importantes, freguês em dias mágicos como 2000 e 2009, mas esse é um rival a altura, em títulos, em estilo de jogo e em tradição. Isso é um legítimo clássico, disputar um jogo a altura, mexer com a paixão do torcedor onde as chances são de ambos vencerem.

No primeiro jogo, no Morumbi, o São Paulo se impôs, Cruzeiro recuou e graças a algumas defesas fantásticas do Fábio o dono da casa venceu por 1 a 0. Muita gente viu essa a oportunidade de cornetar o time mineiro, jogar ele pra baixo, desmerecer o elenco... na derrota ninguém vale nada, jogadores, técnico, presidente.

Veio essa quarta feira, que não é a do Goulart, mas poderia ser... em casa com o Mineirão lotado, foi a vez do Cruzeiro ser mágico, se impor vencer por 1 a 0 com facilidade, acovardar o time paulista.

E ai... o SP que tinha o elenco forte... mudou e mudou durante o jogo e ainda assim não conseguiu jogar, Cruzeiro demorou pra mexer e mesmo depois de substituir foi melhor. SP que tinha um ataque poderoso com Pato, Luis Fabiano, Centurion, Michel Bastos e não conseguiu dar o minimo de trabalho para o Fábio durante os 90 minutos. SP que tinha um goleiro carrasco do Fábio, mas quem foi perfeito essa noite foi o ídolo cruzeirense. SP que tinha um meia de alto nível PH Ganso foi Arrascaeta que teve chances de marcar e por pouco não conseguiu. Cruzeiro que tinha um lateral esquerdo fraco, mesmo ele sendo da badalada seleção chilena, fez uma partida absurda hoje, sendo um monstro na marcação e dando dois passes lindos para o 10 azul. Cruzeiro que tinha o Mayke e William em um ano ruim não conseguindo jogar nada até então... o atacante deu passe pro lateral excelente que por sua vez apenas rolou pra Damião guardar o gol da vitória depois de uma arrancada alucinante. Marquinhos que joga apenas taticamente pra alguns, deu muito trabalho pra lateral esquerda do time paulista, fez um carnaval tanto que seu marcador deveria ter sido expulso ainda no primeiro tempo... mas não foi... e não importou.

Me lembrei tanto da múscia do Rappa essa noite... Coincidências e Paixões

Coincidências e paixões
De repente acontecerem
Coincidências e paixões
Uh Uh! Uh Uh!...(2x)
O destino
Pode mudar como o vento
Nada é tão planejado assim
Certo, inatingível
Como eles parecem dizer...
Noite pra mexer com nossas emoções... mesmo com tanta gente planejando o contrário, mesmo com tanta gente dizendo que não passaria, afinal o time paulista é um multi campeão... mas quem disse se esqueceu que quem estava em casa era o atual bi-campeão brasileiro, e não seria uma mera coincidência a noite ter sido tão intensa mas ao mesmo tempo tão positiva... foi um clássico com todos os ingredientes possíveis... e os jogadores em campos mais uma vez escreveram seus nomes na páginas heroicas imortais.






quinta-feira, 9 de abril de 2015

Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter

Hoje a analogia é com a clássica música "Somos quem podemos ser" de Humberto Gessinger, lançada no álbum da banda Engenheiros do Hawai de 88, Ouça o que eu digo, não ouça ninguém. O jogo de ontem me fez remeter a essa canção, pelo fato do nosso sentimento como torcedor. Historicamente e perceptivelmente esta torcida é receosa, temerosa, pessimista e exigente além da conta. Não nos apegamos a jogadores de renomes internacionais, não nos apegamos a dirigentes falastrões, não nos apegamos a reversão de resultados que parecem improváveis, nos apegamos ao mais plausível, sonhamos com o que podemos sonhar, somos quem podemos ser e se o time não demonstra toda essa volúpia, garra, técnica e consistência tática necessária para empolgar não nos empolgamos. Ontem acredito que até o torcedor mais receoso conseguiu voltar a sonhar e se empolgar com o que somos, a representatividade do bi-campeão da Libertadores, La Bestia Negra da america, mostrando seu valor e sua força, mostrando que quando quer é capaz de fazer bonito.

Ainda parafraseando Humberto Gessinger, "... E tudo ficou tão claro / um intervalo na escuridão...", esse sentimento que tive ontem, um intervalo nos jogos lastimáveis que presenciamos em 2015, a clareza da capacidade deste time que com vontade e inspiração tem potencial para galgar os lugares que estamos habituados a estar.

Damião, Arrascaeta, Alisson, Leo, Paulo André, Mayke, Mena, Willians, Fabio, Henrique e até o garoto Gabriel Xavier que teve pouco tempo, deram essa esperança ontem para a torcida, com bom futebol contra um time de fato inferior que tentou ditar o jogo através de ponta pés e cotoveladas, mas que pouco adiantou contra um time merecedor do resultado de 3 a 0, se pá deveria ser até mais, com um pouquinho mais de sorte, ou boa vontade do fraquíssimo juiz chileno, mas o resultado foi ótimo, já estamos classificados e o desempenho foi um alento para um torcedor que estava desesperançoso. Fim de semana agora teremos uma semi-final, este jogo com o time venezuelano ajudou a moral do time para a próxima partida e que a pegada continue, porque sabemos que assim podemos ser quem somos, O Maior de Minas.

Podemos ser de novo o que costumamos ser, um time belo, forte, impávido colosso e o teu futuro e seu passado espelha essa grandeza, pois sua imagem sempre resplandece.


sexta-feira, 20 de março de 2015

Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem

Parafraseando Emicida, "Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem, o sol prova isso quando cruza o horizonte, vira fonte que aquece, ilumina". Lembrei muito desse trecho desta música ontem, talvez pelo primeiro tempo medíocre do Cruzeiro, mas acredito que o motivo maior foi pela presença do camisa 28 em campo no segundo tempo, Charles. O cara que foi o 10 do 6x1, o cara que chorou em campo quando a torcida estava vaiando e agora o cara que trabalhou um ano pra ter uma oportunidade.

Cruzeiro jogou mal, mas construiu o resultado através de um gol achado no primeiro tempo pelo artilheiro do time Damião e depois de boa jogada do surpreendente Marquinhos. Mas muito além que o resultado, o que eu levei desta partida foi ver um jogador que declaradamente ama esse time, nunca foi unanimidade na torcida, ficou um ano treinando em separado do grupo e ontem teve a oportunidade de entrar em uma partida importante para o Cruzeiro.

Charles correspondeu, lógico que achei que a forma física dele ainda está longe de ser a ideal, mas entrou com disposição e a vontade de sempre, ganhou espaço em um setor em que o Cruzeiro estava mal, com Henrique e William Farias pouco inspirados, Charles foi o terceiro volante que tinha mais liberdade para sair, além de combater as jogadas do time venezuelano, estava preciso nas viradas de bola, cadenciou o jogo quando era necessário e deu chutão quando foi preciso. Se mostrou muito mais do que técnico ou com nome, eficiente e um exemplo de que se esperar e trabalhar todos podem ter sua chance.

Em uma noite ruim, porém com resultado favorável o que se pôde aproveitar é a certeza que as esperanças se renovam a cada oportunidade na vida e Charles é a demonstração dessa volta por cima, de acreditar no amanhã e esperamos que este amanhã seja sempre melhor que o ontem.