Ontem o jogo aconteceu rodeado de uma grande expectativa, eram os dois primeiros colocados em campo. Estava em jogo mais que seis pontos tão falados, uma derrota com o Mineirão lotado poderia significar queda de rendimento, poderia abalar a moral dos jogadores e diminuir a empolgação da torcida que tem ajudado muito o time e ontem mais uma vez deu show.
Os dois times com estilos parecidos, entraram em campo e não decepcionaram, fizeram o que fazem melhor, muita pressão na saída, bolas paradas muito perigosas, ataque com definições rápida, nada da chatice do tic-tac espanhol. Botafogo e Cruzeiro jogam focados no gol o tempo inteiro de forma vertical.
Na partida, o Cruzeiro começou melhor, fez um primeiro tempo muito bom, criando boas jogadas pelas laterais, tanto com o Ceara quanto com Egídio, o time carioca ameaçou com algumas jogadas principalmente com a bola parada e justamente nesse fundamento saiu o primeiro gol do jogo. Uma das armas mais perigosas do Cruzeiro nessa temporada, William bateu o escanteio da mesma forma que bateu no gol que deu a vitória contra o Furacão, mérito do treinamento exaustivo e da habilidade dos jogadores envolvidos. Vale ressaltar que o Nilton pegou magnificamente essa bola, um voleio meio que de calcanhar indefensável, depois o volante azul na saída pro vestiário no intervalo demonstrou o sentimento da equipe, visivelmente emocionado com o espetáculo da torcida e com o resultado de tudo aqui nem conseguiu dar entrevista e descrever a jogada.
No segundo tempo o time carioca voltou melhor, criando mais chances, até que Marcelo Oliveira mexeu e entraram Henrique, Julio Baptista e Dagoberto. O time melhorou, voltou a atacar, Henrique perdeu um gol incrível e o 10 azul fez os dois últimos gols da partida, o primeiro de pênalti sofrido por Everton Ribeiro e o outro numa roubada de bola do Julio que gerou um contra ataque fulminante tabelado entre ele e Dagoberto.
Durante a semana ouvi muito que esse jogo seria marcado entre a disputa entre ER17 e Seedorf, que são considerados os craques do Brasileirão, mas o diferencial da partida foi que no Cruzeiro não tem essa de "um craque". Num jogo onde os dois não estavam muito inspirados (Everton Ribeiro ainda foi superior ao adversário participando do lance do segundo gol), com o holandês perdendo até pênalti o time mineiro mostrou que tinha outros jogadores para resolver, o time alvinegro não. No Cruzeiro de 2013 tem sido assim, se no escanteio você preocupa com Bruno Rodrigo, Dedé e Borges o Nilton vem e resolve, se você preocupa com a velocidade e habilidade de Everton Ribeiro e Ricardo Goulart, vem Dagoberto e Julio Baptista e resolve.
Mais um jogo que sobressaiu quem tem mais elenco, Oswaldo de Oliveira tentou melhorar o time dele e promoveu a entrada de Hyuri e Henrique, tai a diferença, no futebol de pontos corridos a tônica tem sido de que ganha quem tem mais elenco, e isso o Cruzeiro tem demonstrado que tem de sobra.
Um jogo muito importante foi vencido, mas tem que continuar neste ritmo, faltam apenas 16 finais para ser campeão.
#fechadocomocruzeiro
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