sexta-feira, 20 de março de 2015

Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem

Parafraseando Emicida, "Cada dia é uma chance pra ser melhor que ontem, o sol prova isso quando cruza o horizonte, vira fonte que aquece, ilumina". Lembrei muito desse trecho desta música ontem, talvez pelo primeiro tempo medíocre do Cruzeiro, mas acredito que o motivo maior foi pela presença do camisa 28 em campo no segundo tempo, Charles. O cara que foi o 10 do 6x1, o cara que chorou em campo quando a torcida estava vaiando e agora o cara que trabalhou um ano pra ter uma oportunidade.

Cruzeiro jogou mal, mas construiu o resultado através de um gol achado no primeiro tempo pelo artilheiro do time Damião e depois de boa jogada do surpreendente Marquinhos. Mas muito além que o resultado, o que eu levei desta partida foi ver um jogador que declaradamente ama esse time, nunca foi unanimidade na torcida, ficou um ano treinando em separado do grupo e ontem teve a oportunidade de entrar em uma partida importante para o Cruzeiro.

Charles correspondeu, lógico que achei que a forma física dele ainda está longe de ser a ideal, mas entrou com disposição e a vontade de sempre, ganhou espaço em um setor em que o Cruzeiro estava mal, com Henrique e William Farias pouco inspirados, Charles foi o terceiro volante que tinha mais liberdade para sair, além de combater as jogadas do time venezuelano, estava preciso nas viradas de bola, cadenciou o jogo quando era necessário e deu chutão quando foi preciso. Se mostrou muito mais do que técnico ou com nome, eficiente e um exemplo de que se esperar e trabalhar todos podem ter sua chance.

Em uma noite ruim, porém com resultado favorável o que se pôde aproveitar é a certeza que as esperanças se renovam a cada oportunidade na vida e Charles é a demonstração dessa volta por cima, de acreditar no amanhã e esperamos que este amanhã seja sempre melhor que o ontem.


quinta-feira, 12 de março de 2015

Rápido e rasteiro como o ataque do cruzeiro


No dia 27 de outubro de 1966 nasceu o bordão: "Vamos embora, vamos ligeiro, rápido e rasteiro como o ataque do Cruzeiro". A frase fazia parte da marchinha "Can can do Mineirão", de autoria do maestro Jadir Ambrósio, interpretada por Haroldo Medina e a orquestra de Davi Barbosa. A música fazia parte de um disco compacto de vinil, de 33 rotações, que tinha no lado inverso o "Hino ao Campeão", que foi adotado como oficial do Clube.

O segundo tempo do jogo ontem contra o Vila Nova na Arena de 6+1 Lagoas , só me lembrou este refrão. Alisson, Arrascaeta e Judivan ou Marquinhos, fez o ataque uma movimentação interessante e acredito que geral da torcida cruzeirense estava ansioso para ver o Cruzeiro em 2015 desta forma... um time mais solto, mais jovem, mais abusado e mais técnico.

E desta forma a maior esperança desta temporada da janela de transferência do Cruzeiro o uruguaio de 20 anos, deslanchou e guardou 2 gols da goleada de 4 a 0, com os outros gols marcados de pênalti pelo artilheiro do mineiro Leandro Damião e pelo Marquinhos que estava merecendo marcar.

Vale também ressaltar que ontem mais uma vez Leandro Damião jogou bem, além do gol deu assistência pro gol do Marquinhos e brigou o tempo todo, participou das jogadas e vem contrariando as expectativas jogando melhor que os mais otimistas estavam esperando.

A arena do jacaré, mais uma vez mostrando ser um lugar místico para o Cruzeiro e esperamos que este ano tenha sido um lugar de um salto no estilo de jogo que estava sendo apresentado até agora e assim podemos mais ver esse ataque sempre tão rápido e rasteiro.